Os jornais seguem trazendo novidades pontuais sobre o conteúdo da nova fase da reforma tributária. Para vencer resistências do setor de serviços, informa o jornal O GLOBO, a equipe econômica “pretende rever o projeto que unifica o PIS e a Cofins” de forma que esse segmento, que seria prejudicado, pague uma alíquota menor do novo imposto (CBS) a ser criado. Pela proposta original, a alíquota seria única para todos os setores (12%). Agora, no entanto, a ideia é fazer essa diferenciação, cobrando um pouco acima disso de segmentos que seriam beneficiados pela unificação dos impostos.
No jornal O ESTADO DE S. PAULO, destaque para uma entrevista com o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), cujo relatório sobre a reforma tributária acabou sendo, na prática, ignorado pelo governo. Na entrevista, ele critica a estratégia do governo. “Tratar de questões pontuais é a repetição dos mesmos erros que o País cometeu ao longo dos 32 anos de tentativa de reforma”, afirma o deputado, que defende uma reforma ampla, e não a deliberação por “fatias”, como o governo definiu em acordo com a cúpula do Congresso. “O que está proposto não chega a ser nem um fatiamento. Só se fatia aquilo que é o mesmo corpo, o mesmo todo. O que está proposto são outras coisas que não estão sequer contidas nas propostas em debate”, completa Ribeiro.
Outra reportagem no ESTADÃO, esta com opiniões de especialistas em tributos, reforça a visão de Aguinaldo Ribeiro. Segundo esses analistas, relata o jornal, o fatiamento da reforma “é contraproducente e pode abortar a possibilidade de aprovação, ainda este ano, de uma proposta ampla com efeitos duradouros para a melhoria do ambiente de negócios e do crescimento do país”. Um dos especialistas consultados, Rodrigo Orais, pesquisador do Ipea, considera que “o ideal é legislar tudo em bloco e implementar em partes” e que o fato de o quórum necessário para aprovar a unificação de PIS e Cofins é mais baixo, “há o risco de a reforma ficar apenas na primeira fase”.
Por fim, informa a FOLHA DE S.PAULO, o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, entidade que reúne representantes de caminhoneiros, “defendeu em carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro que o governo deveria taxar exportações de petróleo e utilizar a arrecadação para reduzir impostos sobre combustíveis”. Fonte: Jota